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terça-feira, 12 de maio de 2015

Meu aniversário 11/05




Completei 20 anos e percebi que algumas coisas crescem e diminuem em proporção as velas do bolo.
Uma delas, é o próprio bolo. Este fica a cada ano menor, até desaparecer durante alguns anos, ou décadas. Aí de repente , você se vê frente a um bolão de 80 velas, recheado de cenoura, de laranja, não mais de chocolate. E repleto de netos e bisnetos no lugar de brigadeiros e salgadinhos.
De repente os convidados mudam, diminuem, aumentam. Isso é relativo ao que você plantou durante a vida.
Mas os amigos não crescem e nem diminuem em números. Estes permanecem. E estão lá para representar alguns anos que passaram, as velas que foram assopradas antes, e as vezes, até alguns outros amigos que já partiram.
No dia do seu aniversário, você percebe que sua cama não está mais cheia de presentes. Que lá existe um livro, um caderno, e algumas apostilas. Você ver que não tem pacotes pra desembrulhar, e sim, obrigações a cumprir.
Que aquela que “o dia é só teu”, não existe mais. Que você é obrigado a tá disposto no outro dia. Que pessoas esperam coisas de você, mesmo que o dia fosse pra ser “só teu”. Que a semana do seu aniversário, não é mais tão empolgante. E o seu nome não está no mural da classe com vários balões e cores ao redor.
Você não apaga as tais velas, você apaga um cigarro, e não bebe Coca-Cola e nem Fanta, toma um xícara de café.
Fazer 20 anos é lembrar de duas décadas felizes e de muito ter feito, e pensar no que poderia ter feito se tivesse uma segunda chance, ou pior, no que poderia não ter feito.
É pensar que dos 15 pros 20 foi um pulo. E a tendência é o tempo encurtar, e os anos ganharem cada vez mais força, e as unidades da década voarem a cada movimento do ponteiro do relógio.
É deitar a cabeça no travesseiro, depois de meia noite, sem ter estourado o balão que cai doces e brinquedinhos leves e coloridos, e sem aquele tumulto na hora da entrega da lembrancinha.
Mas aprendi muito com todos esses anos " Eu não tenho idade , tenho vida!"
Cada ano vivido, aprendo a lidar melhor com a vida e a vivê-la com mais intensidade, mais paixão.
Aprendi e estou aprendendo a lidar com meu lado sombra e a fazer brilhar meu lado luz.
Aprendi a lidar com os outros...a retribuir gentilezas, a defender-me dos ataques, a não dar tanta importância
para o que não merece minha atenção.
Aprendi que a opinião dos outros é apenas a opinião dos outros e que isso não interfere em nada na minha vida,
se eu não permitir.
Aprendi que algumas pessoas se aproximarão por querer me conhecer de verdade e outros nem tanto.
Aprendi a ser mais gente, a estender a mão quando me pedem ajuda, a calar quando devo calar e a me afastar quando
as energias simplesmente não combinam mais.
Aprendi que tolerância é a chave mestra dessa existência...e que ter um coração agradecido diferencia os felizes e os
infelizes.
Aprendi com minha melhor amiga e a ficar do meu lado sempre...a dizer e ouvir um "não" com sabedoria...
Aprendi a evitar comparações pois isso sempre vai me colocar pra baixo.
Aprendi que não devo esperar muito dos outros...bem pelo contrário, devo esperar pouco, bem pouquinho para ter
agradáveis surpresas ao invés de decepções...
Aprendi a manter a calma, a me dar colo...e a pedir ajuda quando esse colo não for o suficiente.
Aprendi a ouvir e a confiar na minha intuição... ela é a voz de Deus em mim!
Aprendi que eu não tenho nada...tudo é ilusão...eu só tenho a mim e só terei a mim pela eternidade.
Aprendi o qual verdadeiro significado da família e quanto faz falta quando estamos longe 
Só envelhecemos de fato, quando nos fechamos para a vida e para o novo. Quando ficamos radicais, impacientes e inflexíveis... quando nos conformamos com nossa infelicidade.
Por isso que eu não tenho idade, tenho vida!
Cada ano que passa aprendo a lidar melhor com ela...e quando mais aprendo mais ela me preenche...
OBRIGADA MEU DEUS POR ME CONCEDER MAIS UM ANO DE VIDA
Karina Freitas

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